domingo, outubro 30, 2005

Lyrics fool


emergency 72, 72, 72, 72, 72...

sexta-feira, outubro 28, 2005

Too young

Esta manhã, ao espelho, o primeiro cabelo branco, impaciente, antecipou-se ao felicitar-me.
Censurei-lhe a pressa e recomendei-lhe que regresse amanhã, conforme o combinado.


olhos de ver

terça-feira, outubro 25, 2005

La Fontana Malata

Clof, clop, cloch,
clofete,
clopete,
cloquete,
chchchchch...
Sussurra
no pátio,
a fonte
doente;
que angústia
senti-la
tossir!
E tosse
que tosse,
um pouco
se cala,
de novo
que tosse.
Ó minha pobre,
ó fonte,
o mal
que tens
o peito
me oprime.
E cala,
não verte
mais nada,
não se ouve
rumor
nenhum...
Será...
Será
que está morta.
Que horror!
Ah, não!
Já volta
de novo
que tosse.
Clof, clop, cloch,
clofete,
clopete,
cloquete,
chchchchch...
A tísica
mata-a.
Meu Deus,
aquele seu
eterno
tossir
faz-me
sentir
que morro
entretanto!
Que coisa!
Mãe Zabel,
Vitória!
Acorram,
acudam,
à fonte,
que morro
c'o seu
eterno
tossir!
Oh venham,
arranjem
que for
que a faça
acabar,
quem sabe...
esticar!
Ai Virgem!
Jesus!
Truz-truz,
Catapruz!
Ó minha pobre,
Ó fonte
doente,
c'o mal
que tens,
acabas,
verás
que me matas
ainda,
Clof, clop, cloch,
clofete,
clopete,
cloquete,
chchchchch...

Aldo Pallazzeschi, La Fontana Malata (tradução de Jorge de Sena)

segunda-feira, outubro 24, 2005

«?-?-?-ba!»



olhos de ver

sexta-feira, outubro 21, 2005

Mo Man Tai*

Para onde parte um português, voam dois,três...

* daqui, com a respectiva tradução.

terça-feira, outubro 18, 2005



olhos de ver

A senhora é volátil

Hey Paul, hey Paul, hey Paul, let's have a ball...

segunda-feira, outubro 17, 2005

«Obviously, doctor, you've never been a thirteen year old girl...»

...


olhos de ver

Limpar os olhos

Após um grande período de seca existem, felizmente, as conjuntivites, alergias e outras. O inevitável por via do artifício, mas é uma limpeza! Lava tudo, mesmo tudo.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Estátuas de sal

Quebrá-las todas num acesso furioso de futuros!


olhos de ver

Pela ordem original

Bom, primeiro foi o teu sorriso e o peito fragmentado.
Só depois, entretida em compor um imaginário palpável, me deitei a pensar-te.
Não é melhor, nem pior, impor este avesso. O corpo, quando chega, é quase sempre um retardatário incensurável.

quinta-feira, outubro 13, 2005



olhos de ver

terça-feira, outubro 11, 2005



olhos de ver

Troca de "galardetes"

Então, também não me fica nas mãos. É arremessado a este, irregular e parco em palavras, pela aplicação de uma bonita máxima da civilidade e etiqueta naquela que é a maior das solenidades.

segunda-feira, outubro 10, 2005



olhos de ver

Folhetim meteorológico

"... precipitation is expected..."

domingo, outubro 09, 2005



olhos de ver

sábado, outubro 08, 2005



olhos de ver

sexta-feira, outubro 07, 2005



olhos de ver

quinta-feira, outubro 06, 2005



olhos de ver

quarta-feira, outubro 05, 2005



olhos de ver

segunda-feira, outubro 03, 2005

Deitar uma sorte

No lugar de um beijo, sai-nos um bocejo.

Despojos da última estação


foto por FB (da vida marrã)

olhos de ver

Shuffle, Shuffle!!

O elogio do arame. Que pode ser esticado a um palmo da terra ou a sete do céu, e faz toda a diferença. Abrir os braços e curvar a planta do pé. Depois, é a partir daí que pode ser tudo diferente. E lembrar-me daqueles livrinhos da adolescência que eram afinal um jogo que abríamos no pátio da escola, nos intervalos. Uma narrativa múltipla escolha, que se folheava em shuffle.
E as músicas todas em shuffle, à espera que alguma surpreenda agora. À espera de um alinhamento inaudito que se leia. E o que diz. De inícios, de fins. De sonos, de insónias. As que têm brida, rédeas, guitarras; as outras, que quando começam já vêm, parece, fazendo a despedida, fade out perpétuo. E somar as vezes em que todas elas dizem “silêncio”, estranhamente. Como todos nós, numa cacofonia impossível.
E, tudo em shuffle, contra o aborrecimento.
Mas, as conversas como quem arranja o peixe. A driblar engasgos. E algumas outras coisas com a diligência doméstica de quem sacode tapetes. Com os braços retesos e safanões fortes, rápidos, à espera de um bilhete que tarda, que me leve.
E ver tudo isto com os óculos com que de manhã vi a lua, naquele encontro improvável, a cruzar o sol.
Baralhar e dar de novo.

sábado, outubro 01, 2005

Demora, o Outono...



olhos de ver

E não é medo, é respeito por estas sentenças... *

Quem pouco sabe, depressa o esquece.




*À moda de tal série, aqui pilhada com a devida vénia.

Em língua franca

Não sei a tua.