quarta-feira, junho 15, 2005

Texto sem cerco

Um passo em cada é falso
E atira-nos para a revisão dos ditos
Caídos em desditos
Renegados, sobrepostos renegados
Que nem na soma se afirmam
A queda é livre, livre, livre!
E é isso que é tão bom, tão furiosamente bom
Que automaticamente ficamos redimidos da inconstância
Nada nos prende, sujeitos sem palavra
Na promiscuidade de fabulosas verborreias
Com todo o léxico, toda a gramática
A subverter ingénuas orações que se amansam
Que oferecem os préstimos sem questionar
Sem pedir que as subscrevamos na doença, na tristeza, e nem no resto das nossas vidas