Flasher: breve bagagem para a primeira incursão
A autora é jovem. Bastante jovem. Aparentemente recusa-se alargar os quinze anos em que se fixou o seu rosto e, por obstinação, rejeita determinantemente a sinistra idade adulta em que se impõe a perda da inocência – ditam.
Paradoxalmente, a autora não é inocente. Perseguem-na culpas de todo o género, mas eis que se entra no domínio da essência, e sentir culpa é tão só humano.
A autora tem pretensões à literatura, sem nunca ter escrito um romance. É tão autora quanto tem quinze anos.
Digamos que escreve em todos os sentidos, nomeadamente, o escriturário.
Não milita. Nenhum filão para garimpar. Mas, que não liberdade! Porque faz pastiches coloridos que não sabe se são seus ou… onde mesmo os fui buscar?
O que não faz da autora uma pessoa independente. De modo nenhum! Depende como uma criança. De tudo e de todos. É uma altereinómana (?). Senão, de que se constituiria?E de que conteúdo íntimo se poderá libertar numa incursão pela rede do anonimato? Que bem sabe a publicidade quando não acarreta – como dizem os britânicos – accountability…
Os medos, as paixões, as causas, os jogos, os vícios, as sujeições, os erros de toda a espécie são confessáveis aqui, conquanto que verbalizáveis.
Esta autora comove-se. E assume a luta interna que trava para aspirar sem vergonha ao coração. Parece que se aponta ao peito quando se designa como meta outra coisa que não a progressão do intelecto. Aponta ao peito.
Diz-se que consiste em ser melhor. Portanto, a autora aponta ao alto, à mais instável das tarefas. Mas é apenas um objectivo esquisito e quase inconfessável.
Mas que não se desvalorize uma boa cabeça! Ela é crucial para pôr a trabalhar o coração.
Inevitavelmente, decorre que a autora diligencia imensos processos de condenação pessoal. Normalmente, nos intervalos de algum tipo de dormência. É fácil perder o horizonte quando se tem quinze anos.
A autora também aspira a um qualquer tipo de percurso da mente, que se iniciou, está em marcha, escreve-se ao ritmo de um jornal diário. De manhã é uma empresa. À noite perdeu a validade.
E, por ora, basta! Onde nos leva este sem pudor exibicionista?
Paradoxalmente, a autora não é inocente. Perseguem-na culpas de todo o género, mas eis que se entra no domínio da essência, e sentir culpa é tão só humano.
A autora tem pretensões à literatura, sem nunca ter escrito um romance. É tão autora quanto tem quinze anos.
Digamos que escreve em todos os sentidos, nomeadamente, o escriturário.
Não milita. Nenhum filão para garimpar. Mas, que não liberdade! Porque faz pastiches coloridos que não sabe se são seus ou… onde mesmo os fui buscar?
O que não faz da autora uma pessoa independente. De modo nenhum! Depende como uma criança. De tudo e de todos. É uma altereinómana (?). Senão, de que se constituiria?E de que conteúdo íntimo se poderá libertar numa incursão pela rede do anonimato? Que bem sabe a publicidade quando não acarreta – como dizem os britânicos – accountability…
Os medos, as paixões, as causas, os jogos, os vícios, as sujeições, os erros de toda a espécie são confessáveis aqui, conquanto que verbalizáveis.
Esta autora comove-se. E assume a luta interna que trava para aspirar sem vergonha ao coração. Parece que se aponta ao peito quando se designa como meta outra coisa que não a progressão do intelecto. Aponta ao peito.
Diz-se que consiste em ser melhor. Portanto, a autora aponta ao alto, à mais instável das tarefas. Mas é apenas um objectivo esquisito e quase inconfessável.
Mas que não se desvalorize uma boa cabeça! Ela é crucial para pôr a trabalhar o coração.
Inevitavelmente, decorre que a autora diligencia imensos processos de condenação pessoal. Normalmente, nos intervalos de algum tipo de dormência. É fácil perder o horizonte quando se tem quinze anos.
A autora também aspira a um qualquer tipo de percurso da mente, que se iniciou, está em marcha, escreve-se ao ritmo de um jornal diário. De manhã é uma empresa. À noite perdeu a validade.
E, por ora, basta! Onde nos leva este sem pudor exibicionista?
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