segunda-feira, junho 27, 2005

O'Neill Take-away

Amôre
O amôre, graça de mau gosto,
muitas vezes na boca, sempre no sentimento,
veio, trota trotando, ter comigo.
Trazia a língua de fora, tropeçava nela,
fazia-se cansado, era apenas piegas.
Porque volta a bestiúncula
a rondar-me o terreiro?
É camaradagem
ou aragem da cama?
Desapossados é que estamos livres para caminhar.
Alexandre O'Neill, O Amôre
( Arre amôre, arre... antes que me dês um coiçe!)