olhos de ver

Dewa Mata!

olhos de ver

Nos alvéolos daquela flor de peito
abandonam-se as abelhas
Esquecem-se, e no oblívio,
deixam favos a amargar
Se lembram,
arrancam a convulsão àquela flor
que tossindo interrompe o beijo
E sempre recorda a ameaça de quebrar
sabendo que o peito alberga mais do que um órgão vital

olhos de ver

olhos de ver

olhos de ver

Como a casa

Decorar quartos minguantes
até saber as coisas de olhos fechados
assim como dantes
Ocupar, ocupar
as noites em branco
Supõe tu que não fica uma vaga, espuma
grão de areia do Atlântico,
que há lugares como a casa

olhos de ver

olhos de ver

O sinal

As gruas ficaram de pé noite fora. Só para assistir ao tombar das árvores...