terça-feira, setembro 26, 2006

Os abraços são normalmente uma confusão, sei.
Mas o último que dei, que fosse realmente o último, tornou-se muito claro ao desconjuntar-se de repente. Tinha então, reparei, um braço para me segurar, um outro que te afastava, um ainda que te cercava o pescoço, e um outro que me empurrava para longe.
Desenlaçados, aceitaram a vitória larga e expressiva do braço de ferro e propuseram-se esquecer a derrota em tempo breve. O braço vitorioso ainda se agita de vez em quando, sozinho no pódio. Os restantes fingem ignorá-lo, despeitados, e jamais acenaram uma despedida.