Amo muito a cara que terei dentro de vinte e cinco anos.
Tem um sorriso desenhado às pressas na boca, porque o tempo foi quase todo gasto com os olhos.
E, por isso, é preciso ter muita atenção. É lá que ele foi deixado, por descuido ou para diversão de quem estava a desenhar.
Creio que é o sorriso de todos os tímidos, que passam por melancólicos por conta dessa paródia do rosto. Mesmo quando estão perdidos de riso.
Mas amo muito esse rosto que terei sempre dentro de muitos anos, apesar de incompreendido.
E digo mesmo: é dos meus melhores futuros.