"... e os dois morenos calaram os seus amores"
"Tristes por seus silêncios convidavam-se à uma para longos passeios na margem do rio, no bosque, na floresta; e os longos passeios davam-lhes apenas longos silêncios que lhes não consentiam sequer darem os braços. Nem se olhavam. Apenas ele, como mais velho, depois de longas horas mudas começava a dizer-lhe das estrelas bonitas. Ela respondia-lhe nas canções da água nas fontes".
Silêncios, José de Almada Negreiros
Silêncios, José de Almada Negreiros
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