sexta-feira, dezembro 23, 2005

Casa: a noite que era de Natal

O Natal tem uma só morada,
uma rua em calçada que desce, junto ao portão,
um limoeiro de canteiro,
telhados vermelhos, na sala, uma lareira apagada,
lugares certos à mesa,
um sol que morre na cozinha e nasce nos quartos,
um cão que dorme sobre o tapete, à entrada,
uma chaminé antiga frente ao terraço, com cegonhas que nunca partem,
tem sempre flores nos vasos,
e na cozinha a última luz, de presença, para o último que chegar.